Brasil é campeão dos juros altos após aumento da taxa Selic

juro; porcentual; percentual — Foto: Gerd Altmann/Pixabay

Valor

O Brasil é o país com a maior taxa de juros ao ano, descontada a projeção de inflação, segundo o ranking mundial de juros reais compilado pelo portal MoneYou e pela gestora Infinity Asset Management. A lista tem 40 países.

Essa marca foi alcançada após o Copom (Comitê de Política Monetária) do Banco Central ter elevado, na última quarta-feira (02), a taxa básica de juros (Selic) em 1,5 ponto percentual, a 10,75% ao ano.

Para chegar aos juros reais, porém, o estudo fez uma equação entre as taxas nominais estimadas e aquelas negociadas a mercado para janeiro de 2023. No caso do Brasil, a referência dos juros de mercado é o índice dos contratos Depósitos Interbancários (DI), que estava em cerca de 11,9% ao ano na última quarta.

Desse cálculo é descontada a perspectiva de alta da inflação para os próximos 12 meses — para o Brasil, a projeção é 5,38%, segundo a pesquisa Focus do Banco Central. O resultado é uma taxa de juros real de 6,41% ao ano, colocando o Brasil no topo do pódio dos países com o crédito mais caro, à frente de Rússia (4,61%) e Colômbia (3,02%).

A lista de nações com taxas positivas é pequena, tem apenas dez posições, ocupadas também por Chile, México, Indonésia, Hungria, Turquia, Malásia e República Tcheca. Outros 30 estão em situação inversa. A Argentina está no fim da fila. O país vizinho tem juros negativos de 14,5%, o que reflete uma inflação que fechou 2021 em alta de 51%.

Considerando a média geral dos países listados, a taxa mundial de juros está negativa em 1,27%.

BCs do mundo discutem alta de juros

Na maior parte do planeta, as economias seguem com juros abaixo das taxas estimadas de inflação. Esse cenário reflete a rápida e surpreendente escalada de preços global. Uma situação gerada pelo desequilíbrio entre a alta demanda e a baixa oferta de mercadorias e insumos após a retomada econômica gerada pelo avanço da vacinação contra a covid-19 nas principais economias mundiais.

Bancos centrais em todo o mundo, porém, iniciaram ou discutem começar apertos monetários — elevar juros — para combater a escalada do custo de vida.

Entre os 40 países do ranking, 67,50% mantiveram suas taxas, na última rodada de discussões das suas respectivas autoridades monetárias, enquanto 32,50% elevaram taxas.

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Justiça suspende abate de jumentos no Brasil para exportação para a China

BBC News Brasil

A Justiça Federal decidiu suspender o abate de jumentos no Brasil para exportação à China. A medida foi tomada por 10 dos 13 desembargadores da Corte Especial do Tribunal Regional Federal da 1ª Região (TRF-1), em Brasília, na noite da última quinta-feira.

Desde 2016, o Brasil ou a exportar a couro do animal para a produção de um remédio conhecido como ejiao, bastante popular na China. Não há comprovação científica de que ele funcione, mas, no país asiático, o ejiao é utilizado com a promessa de tratar diversos problemas de saúde, como menstruação irregular, anemia, insônia e até impotência sexual. Ele é consumido de várias maneiras, como em chás e bolos.

Para fabricar o produto, os animais são recolhidos da caatinga e de zonas rurais do Nordeste em grande volume, sem que exista uma cadeia de produção que renove o rebanho, como ocorre com o gado. Ou seja, eles são abatidos em uma velocidade maior do que a capacidade de reprodução, o que acendeu um alerta de que a população de jegues pode ser eliminada nos próximos anos no Nordeste.

No final de dezembro, uma reportagem da BBC News Brasil mostrou que cidades do centro-sul da Bahia se tornaram dependentes economicamente do abate de jumentos. No entanto, o setor cresceu em consonância com o aumento da fome e da pobreza em uma região historicamente já castigada por esses problemas, além de denúncias de maus-tratos, contaminação de animais por mormo (uma doença mortal), trabalho análogo à escravidão e abandono de jegues à morte por inanição.

A decisão do TRF-1 é mais um o jurídico de uma ação que corre desde 2018, quando entidades de defesa do direito dos animais entraram com um processo solicitando a proibição. Em um primeiro momento, a Justiça da Bahia concedeu uma liminar proibindo os abates no estado.

Em 2019, porém, a medida foi suspensa por Kassio Nunes Marques, hoje ministro do STF e à época desembargador do TRF-1. Ele voltou a liberar os abates atendendo a um pedido dos governos estadual e federal, além da Prefeitura de Amargosa, onde funciona o maior frigorífico de abates de jegues do país.

O magistrado concordou com o argumento de que a proibição do mercado prejudicava a economia do município e da Bahia.

Nesta quinta-feira, a maioria dos desembargadores do TRF-1 refutou esse argumento, alegando que a prefeitura de Amargosa não conseguiu provar os supostos prejuízos econômicos provocados pela suspensão inicial do setor.

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Número de pedidos de seguro-desemprego em 2021 é o menor desde 2006

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G1

O número de pedidos de seguro-desemprego em 2021 foi o menor registrado desde 2006, segundo um levantamento após análise dos números do Caged, divulgados pelo Ministério do Trabalho e Previdência.

A queda pode ser creditada, em grande parte, ao Benefício Emergencial de Preservação do Emprego e da Renda (BEm), segundo o ministério. Os dados também sofrem influência da alta taxa de informalidade no mercado de trabalho brasileiro – de 40,6% segundo os últimos dados disponíveis.

A todo, foram feitos 6.087.576 requerimentos no ano ado – 10,3% menos que em 2020 (6.784.120) e o menor número registrado desde 2006 (5.857.986).

O total de parcelas pagas também foi o menor desde 2006. No ano ado, a quantidade chegou a 22.382.788. Em 2006, o total foi de 22.182.022.

BEm freou pedidos

De acordo com o Ministério do Trabalho e Previdência, os pedidos de seguro-desemprego resultam do total de demissões sem justa causa, e boa parte desses desligamentos foi freada pela vigência do Benefício Emergencial de Preservação do Emprego e da Renda (BEm), que permitiu a preservação de 11,1 milhões de vínculos de trabalho, com a garantia provisória de emprego para 10,5 milhões de trabalhadores.

O programa que permitiu a redução de jornada e salário ou suspensão do contrato de trabalho ficou em vigência de abril a dezembro de 2020 e de abril a agosto de 2021. O Benefício Emergencial prevê que os trabalhadores têm direito à estabilidade pelo tempo equivalente à suspensão do contrato ou redução da jornada.

De acordo com o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), havia mais de 2,1 milhões de trabalhadores com estabilidade provisória no emprego em dezembro do ano ado.

“Assim, somando-se os efeitos da retomada da atividade com os da garantia provisória [estabilidade no emprego], tem-se uma menor taxa de demissões sem justa causa, o que enseja uma menor solicitação do benefício. O nível de desligamentos está bem abaixo do registrado em 2016. Com isso, houve a queda na demanda pelo benefício”, informou o ministério.

O economista Bruno Imaizumi, da LCA Consultores, concorda que a queda no número de pedidos do benefício está atrelada ao programa de redução da jornada e suspensão dos contratos.

“Muitos trabalhadores ficaram dentro de uma garantia provisória de emprego por conta do programa. Mas, com cada vez menos influência da medida, que tem uma parcela menos significativa de trabalhadores com essa garantia, é possível que vejamos esses números de seguro-desemprego voltarem a um patamar mais ‘normal’ em 2022. Aos poucos as demissões estão retornando ao patamar pré-pandemia, com cada vez menos efeitos do BEM, um cenário doméstico mais deteriorado e menos opções”, afirma.

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Fechamento de empresas ainda cresce quase 40% em Pernambuco e expõe dificuldades burocráticas e econômicas

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No mundo empresarial pernambucano, embora haja permanência das dificuldades econômicas alastradas com o início da pandemia da Covid-19 em 2020, a formalização de negócios conseguiu se expandir em 2021. De acordo com dados da Junta Comercial de Pernambuco (Jucepe), ao longo do ano ado a abertura de empresas deu um salto de 24% sobre os resultados registrados em 2020. A melhora, no entanto, ainda é tímida frente ao desafio do ambiente de negócios do Estado. No mesmo ano, Pernambuco apresentou quase 40% a mais de empresas fechadas. A dimensão nacional do problema mostra que, no segundo quadrimestre daquele ano, por exemplo, o percentual de abertura de empresas, na comparação com todos os estados do País, só foi maior que o de Sergipe, fazendo com que Pernambuco apresentasse uma variação menor que todas as demais unidades da federação.

O segundo ano da pandemia foi encerrado com 717.029 empresas em atividade no território pernambucano, um incremento de 112.833 empresas, com a engrenagem voltando a girar para Comércio de vestuário; Promoção de vendas; Comércio de cosméticos; Atividades de consultoria em gestão empresarial; Lanchonetes; Comércio de bebidas; Produtos de perfumaria e de higiene pessoal; Treinamento em desenvolvimento profissional e gerencial; Fornecimento de alimentos preparados preponderantemente para consumo domiciliar; Cabeleireiros, manicure e pedicure e Restaurantes e similares.

Esses setores, em sua maioria com negócios de pequeno porte, fizeram com que o Estado tivesse em 2021 123.002 novos negócios. Em 2020, o total de aberturas foi de 98.652 – o que leva a um crescimento de 24,6%.

“O ano de 2021 foi de retomada da economia e os dados demonstram um novo momento para a classe empresarial pernambucana”, justifica a presidente da Jucepe, Taciana Bravo.

Entretanto, ao o que as aberturas cresceram 24,6%, o fechamento de empresas avançou 37,14% no mesmo período. Em 2020, foram 31.085 fechamentos. Já em 2021, 42.628 negócios não conseguiram manter as portas abertas.

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Governo prevê corte de 25% no IPI. Para pressionar estados, redução pode chegar a 50%

Indústria de plásticos em São Paulo. Corte no IPI deve atingir todos os setores Foto: Edilson Dantas / Agência O Globo

O Globo

O governo federal avalia um corte linear de 25% nas alíquotas do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI), que incide sobre a indústria nacional e cujos percentuais cobrados variam conforme o produto. Esse corte pode ser maior, podendo chegar a 50%, caso os estados aumentem o ICMS como resposta à perda de arrecadação, de acordo com integrantes do Executivo.

Apenas o tributo sobre o cigarro e bebidas não devem ser reduzidos. A arrecadação do IPI é repartida com estados e municípios. Por isso, o corte de 25% geraria um impacto de R$ 10 bilhões para a União e de R$ 10 bilhões para governadores e prefeitos, segundo cálculos da equipe econômica.

Baixar o IPI sobre todos os produtos é um desejo antigo do ministro da Economia, Paulo Guedes, que agora volta à mesa num contexto de alta da arrecadação e de disputa com governadores sobre o ICMS e com relação aos reajustes salariais de servidores.

Uma vantagem para o governo é que o IPI pode ter as alíquotas alteradas por decreto, sem necessidade de ar pelo Congresso Nacional. Os percentuais hoje variam de 0% a 30% dependendo do produto comercializado, podendo chegar a 300% no caso de cigarros que contenham tabaco.

A redução dos impostos também é uma estratégia do governo para tentar conter a inflação, que se tornou uma das principais dores de cabeça do presidente Jair Bolsonaro em 2022, ano eleitoral.

O Ministério da Economia calcula que a arrecadação subiu cerca de R$ 100 bilhões de forma estrutural, ou seja, permanente, que não depende da inflação. Guedes avalia que parte dessa arrecadação pode ser transformada em redução de impostos e não em aumento de salários do funcionalismo.

Mais de 20 estados já anunciaram reajustes aos servidores neste ano, depois de dois anos com salários congelados, uma contrapartida aos gastos decorrentes da pandemia de Covid-19. No governo federal, só há espaço reservado no Orçamento para aumentos a policiais federais.

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Com fim do embargo chinês, preço do boi bate recorde histórico no Brasil

Preço da arroba do boi no mercado doméstico chega a R$ 350

Um levantamento da consultoria Safras & Mercado, mostra que o preço da arroba do boi (aproximadamente 13kg de carne) no mercado doméstico chegou a R$ 350 para os comerciantes brasileiros, última etapa antes de ser vendido à população.

Trata-se de um aumento aproximado de 10% nos últimos 45 dias, quando comparado a momentos anteriores ao embargo Chinês. Para os consumidores, essa alta foi de mais de 40% no valor de carnes de segunda.

Dados da Associação Brasileira de Supermercados (Abras) mostram que o preço do Acém registrou uma alta de 21,9% nos últimos doze meses. Atualmente, o quilo custa, em média, R$ 35 para a população.

O coxão duro, igualmente uma carne de segunda, também apresentou um aumento no valor. O custo máximo desse item em 2021 foi de R$ 47,98 por quilo, aumento de 38,9% no mesmo período.

O custo da arroba do boi bateu recordes consecutivos desde dezembro de 2021, quando a China revogou o embargo ao produto brasileiro. Isso porque o retorno das exportações e, a alta demanda asiática, causaram um aumento nunca antes vistos nos preços do produto para os estabelecimentos comerciais do país.

Essa alta foi sentida tanto pelo setor varejista, quanto para os consumidores finais.

“Agora que os chineses voltaram a comprar carne brasileira, o boi gordo foi comercializado ao varejista por um preço recorde aqui no Brasil. Eu nunca vi ser alcançado esse patamar de preços na história do mercado pecuário. É um recorde. Com o fim do embargo, foi registrado um aumento do fluxo de exportação, o que reduziu a disponibilidade interna do produto. Consequentemente, o preço da carne sobe. Exportar gera muito mais receitas do que manter produto no mercado interno, enquanto importar é uma opção ruim em meio a desvalorização do real”, explicou o consultor especializado em bovinos da Safras & Mercado, Fernando Iglesias.

Na prévia da Secretaria de Comércio Exterior (Secex), em janeiro de 2022, o setor pecuário exportou 140,5 mil toneladas de carne bovina, 24,7% a mais que o mesmo mês de 2021. Os dados do órgão, ligado ao governo federal, foram divulgados nesta terça-feira (1º).

Segundo a pesquisadora associada ao Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), Ana Kreter, os recordes consecutivos no preço do produto acontecem em meio à desvalorização do real, o que torna a exportação mais lucrativa para o setor pecuarista.

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Em seis meses de operação, ITA Transportes Aéreos acumulou dívida de R$ 180 milhões

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O empresário Sidnei Piva de Jesus está tentando vender a ITA Transportes Aéreos e com isso ar para a frente um ivo estimado em R$ 180 milhões contraído com aeroportos, empresas de leasing de avião, fornecedores, empresas de turismo, funcionários, ageiros e o próprio Grupo Itapemirim.

A empresa suspendeu as operações no dia 17 de dezembro, frustrando as férias de fim de ano de milhares de ageiros.

Segundo fontes ouvidas pela coluna Capital, do jornal O Globo, o empresário estaria negociando com dois fundos americanos de private equity, sendo que um deles já possui investimentos no setor de agronegócios no Brasil. No entanto, uma das condições impostas pelos dois fundos é a saída total de Sidnei da empresa.

Valor simbólico

Pela proposta que está na mesa de negociação, o fundo que levar, se levar, assumiria as dívidas da companhia aérea e pagaria um preço simbólico pelas ações de Sidnei.

O projeto prevê a implementação de um plano operacional bem mais enxuto e realista do que o desenhado pelo dono do Grupo Itapemirim em número de destinos e aeronaves em operação. Sidnei chegou a anunciar planos de operar 50 aviões já no segundo ano. Agora, o plano é manter seis aviões por pelo menos um ou dois anos.

A ITA ainda não rescindiu nenhum contrato de trabalho, mas está atrasando o pagamento dos funcionários. A dívida só com tripulantes é de R$ 7,5 milhões e corresponde a metade da folha de dezembro e metade do 13º.

A empresa também deixou um ivo de R$ 80 milhões em agens vendidas para datas futuras. Mas esses R$ 80 milhões não chegaram a entrar no caixa da companhia e, segundo fontes do mercado, estariam sendo estornados para os clientes pelas operadoras de cartão.

Avião no deserto

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Petrobras reduz em 12,4% número de funcionários em 2021

Pessoas andam em frente ao prédio com a logomarca "Petrobras" acima da porta de entrada

Poder360

A Petrobras fechou 2021 com 45.531 empregados, queda de 12,4% em relação a 2020. A conta inclui as subsidiárias nacionais e no exterior. Os dados foram obtidos via Lei de o.

Maior corte: subsidiárias

Essas empresas demitiram 3.481 trabalhadores em 2021, de um total de 9.689. Sobraram 6.208, número 35,9% menor na comparação com 2020.

Pós-Lava Jato

O maior número de funcionários que a Petrobras já teve (86.108) foi registrado em 2013, ano anterior ao início da Lava Jato. De lá para cá, houve corte de 47,1% no quadro.

Volta das contratações

A empresa abre 757 vagas via concurso público no início deste ano. As provas são em fevereiro.

Em nota, a Petrobras afirmou que a abertura do concurso é possível devido a um “sólido” processo de recuperação financeira que a empresa de capital misto (público e privado) vem ando nos últimos anos.

“Por meio de uma gestão eficiente, a companhia vem melhorando expressivamente sua performance operacional e ampliando sua contribuição para a sociedade”, diz o comunicado.

Eis a íntegra.

Salários gordos

A remuneração média na estatal é de R$ 25.164. A empresa ainda oferece vários benefícios. Um deles é o adicional de 100% de férias – a lei fixa mínimo de 33,3%. Ou seja, o trabalhador ganha mais um salário ao sair em férias.

Porque isso importa

Porque a Petrobras conseguiu reestruturar as contas, em parte, pelo corte de gastos. Os números mostram que o caminho segue sendo percorrido, mesmo com os solavancos em torno dos preços dos combustíveis.

O maior resultado dos desligamentos vem de programas de demissão voluntária. De 2016 a 2021, a Petrobras teve 5 planos desse tipo. Resultaram na saída de 17.834 empregados.

INSS começa a pagar nesta terça-feira aposentadorias com reajuste para quem ganha acima de um salário mínimo

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O Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) começa a pagar nesta terça-feira (1º) os benefícios com reajustes para aposentados e pensionistas que ganham acima de um salário mínimo.

O calendário será seguido de acordo com o número do benefício do segurado.

Para aqueles que recebem um salário mínimo, os depósitos referentes a janeiro vêm sendo feitos desde o dia 25 de janeiro.

Atualmente, são mais de 36 milhões de pessoas com direitos a benefícios do INSS no país – mais de 60% recebem um salário mínimo.

Para quem ganha o benefício no valor do salário mínimo, o piso nacional ou para R$ 1.212 desde 1º de janeiro. Por lei, aposentadorias, auxílio-doença, auxílio-reclusão e pensão por morte pagas pelo INSS não podem ser inferiores a 1 salário mínimo.

Já os aposentados e pensionistas que recebem benefícios acima do salário mínimo terão reajuste de 10,16% na remuneração – o teto dos benefícios do INSS a de R$ 6.433,57 a R$ 7.087,22.

Comparativo dos reajustes

Com o reajuste de 10,16% para beneficiários do INSS que recebem valores acima de um salário mínimo, o aumento será pouco menor que o do salário mínimo, que teve alta de 10,18%, ou de R$ 112 em relação ao valor vigente (R$ 1.100) no ano ado, mas incorporou quase R$ 2 como compensação pelo reajuste do salário mínimo abaixo da inflação em 2021.

Em 2021, o reajuste foi de 5,45% para beneficiários do INSS que recebem acima de 1 salário mínimo. Já para quem ganhava 1 salário mínimo, o percentual foi de 5,26%.

Alíquotas de contribuição ao INSS

O reajuste também se reflete na cobrança da contribuição dos trabalhadores para o INSS. Para empregados com carteira assinada, domésticos e trabalhadores avulsos, a tabela de recolhimento a a ser:

  • 7,5% para até um salário mínimo (R$ 1.212)
  • 9% para quem ganha entre R$ 1.212,01 e R$ 2.427,35
  • 12% para quem ganha entre R$ 2.427,36 e R$ 3.641,03
  • 14% para quem ganha entre R$ 3.641,04 e R$ 7.087,22

Esses novos valores deverão ser recolhidos apenas em fevereiro, pois são relativos aos salários de janeiro. Os recolhimentos relativos aos salários de dezembro de 2021 e efetuados em janeiro deste ano ainda seguem a tabela anterior.

Vale lembrar que, com a reforma da Previdência de 2019, essas taxas aram a ser progressivas, ou seja, cobradas apenas sobre a parcela do salário que se enquadrar em cada faixa, o que faz com que o percentual de fato descontado do total dos ganhos (a alíquota efetiva) seja menor.

Ou seja, se o trabalhador ganha mais de um salário mínimo, ele paga 7,5% de alíquota de contribuição sobre R$ 1.212 e outros percentuais no que exceder esse valor, de acordo com a tabela abaixo:

Por exemplo: um trabalhador que ganha R$ 1.500 pagará 7,5% sobre R$ 1.212 (R$ 90,90), mais 9% sobre os R$ 288 que excedem esse valor (R$ 25,90), totalizando R$ 116,80 de contribuição.

Quem ganha R$ 2.000 pagará 7,5% sobre R$ 1.212 (R$ 90,90), mais 9% sobre R$ 788 (R$ 70,92), totalizando R$ 161,82.

Já quem ganha R$ 4.500 terá a seguinte contribuição, seguindo as faixas de valores da tabela acima:

  • Paga 7,5% sobre R$ 1.212: R$ 90,90 de contribuição
  • Mais 9% sobre R$ 1.215,35, que é a diferença de R$ 2.427,35 de R$ 1.212: R$ 109,38
  • Mais 12% sobre R$ 1.213,68, que é a diferença de R$ 3.641,03 de R$ 2.427,35: R$ 145,64
  • Mais 14% sobre R$ 858,97, que é a diferença de R$ 4.500,00 de R$ 3.641,03: R$ 120,26
  • Total de contribuição: R$ 466,18