País tem uma das mais baixas coberturas vacinais dos últimos 20 anos e pode viver retorno de doenças erradicadas

Criança recebe dose de vacina contra pólio e sarampo no Rio de Janeiro Foto: -Márcio Alves / Agência O Globo/18-08-2018

O Globo

O país que tem hoje 73,6% da população com esquema vacinal completo contra a Covid-19 (duas doses ou dose única) — e já fala até em quarta dose para fazer frente à pandemia — andou para trás no combate a outras doenças. A população brasileira tem uma das mais baixas coberturas vacinais dos últimos 20 anos contra enfermidades graves, que afetam especialmente crianças e adolescentes.

Depois de ter atingido sua melhor marca em 2015, com uma média de 95,1% de pessoas completamente imunizadas dentro do público-alvo de cada vacina do Programa Nacional de Imunizações (PNI), a média da cobertura ficou em 60,8% no ano ado.

O levantamento foi feito pela pesquisadora de políticas públicas Marina Bozzetto, da Universidade de São Paulo (USP), a pedido do jornal O Globo, com base em dados do Ministério da Saúde. De 2018 para cá, os índices estão em queda, e pioraram durante a pandemia. Sem a proteção historicamente conferida pelas vacinas, o Brasil pode viver novos surtos e o ressurgimento de várias doenças que haviam ficado para trás.

Os três imunizantes que tiveram menor cobertura em 2021 foram as vacinas de poliomielite ou paralisia infantil (52,% de cobertura), a segunda dose de tríplice viral (sarampo, caxumba e rubéola, com 50,1%) e tetra viral (tríplice viral mais proteção contra varicela, ou catapora, com 5,7%). Para efeitos de comparação, a cobertura contra a pólio em 2012 era de 96,5%, e a doença era considerada erradicada no Brasil.

— Temos níveis preocupantes para todas as vacinas do calendário. Já havia uma queda antes da pandemia, que agora se acentuou, diz o pediatra Renato Kfouri, da Sociedade Brasileira de Imunizações (SBIm).

No caso da BCG, por exemplo, que previne contra a tuberculose, apenas 44% dos municípios tiveram cobertura adequada de imunização.

— Já fomos modelo para o mundo, e veja, até o sarampo retornou. É muito importante intensificar a comunicação e resgatar as pessoas que não foram vacinadas, diz o infectologista Julio Croda, pesquisador da Fiocruz e professor da Universidade Federal do Mato Grosso do Sul (UFMS).

Números discrepantes

Os dados levantados pela pesquisadora da USP expõem a discrepância entre os próprios municípios na imunização. Enquanto a média nacional de cobertura vacinal ficou em 60,8% em 2021, os dez municípios brasileiros com taxa mais baixa têm menos de 7,5% de suas populações completamente vacinadas dentro do público-alvo de cada imunizante do calendário.

São municípios de Norte a Sul do país: Rio Bonito, Trajano de Moraes e Belford Roxo, no Rio de Janeiro; Crisólita, em Minas Gerais; Murici dos Portelas, no Piauí; Curuá, no Pará; Jucuruçu, na Bahia; Capão da Canoa, Taquara e Santiago, no Rio Grande do Sul.

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Saúde deve indicar 4ª dose da vacina contra Covid para maiores de 80 anos ainda nesta semana

O Ministério da Saúde já recomenda a aplicação de quarta dose da vacina da covid-19 em pessoas imunocomprometidas acima de 12 anos — Foto: Aílton de Freitas/Agência O Globo

O Ministério da Saúde deve recomendar a quarta dose da vacina contra a Covid-19 para idosos com 80 anos ou mais ainda nesta semana. Alguns Estados já estão adotando por conta própria a nova dose adicional.

A quarta dose já vinha sendo estudada pela Pasta. Em fevereiro, entretanto, a Saúde não recomendou a quarta dose por entender que ainda não havia dados científicos que comprovassem a sua necessidade.

Segundo pessoas que acompanham as discussões, falta ainda a análise de um estudo sobre o tema.

O Ministério da Saúde já recomenda a aplicação de quarta dose da vacina da covid-19 em pessoas imunocomprometidas acima de 12 anos. Estão entre esse público, por exemplo, quem está ando por quimioterapia contra o câncer, fez algum tipo de transplante de órgão ou de células tronco, vive com HIV/AIDS ou faz hemodiálise.

Em nota, o ministério orientou que o esquema primário de vacinação desse grupo deve ser feito com três doses – primeira, segunda e a dose adicional – com intervalo de oito semanas entre elas. A quarta dose deve ser feita quatro meses depois.

“Após a conclusão desse esquema, é recomendada ainda uma dose de reforço quatro meses após a terceira dose (ou dose adicional). Essa orientação já vale para a população adulta, com mais de 18 anos, com alto grau de imunossupressão”, disse o ministério.

Mesmo que a Saúde ainda não tenha recomendado a quarta dose, alguns Estados já começaram essa aplicação. Os Estados e municípios não são obrigados a seguirem as recomendações do governo federal e podem elaborar regras próprias para o combate à pandemia, como reforçou o STF (Supremo Tribunal Federal) em decisão de 2020.

Em São Paulo a aplicação teve início nesta segunda-feira (21) em idosos acima de 80 anos. Só poderão receber a quarta dose aqueles que há, pelo menos, quatro meses tomaram a terceira dose.

Nessa nova etapa, em São Paulo, o público alvo receberá qualquer um dos quatro imunizantes aprovados pela Anvisa: AstraZeneca, Coronavac, Janssen ou Pfizer.

No Espírito Santo, a aplicação da quarta dose da vacina contra a covid-19 também começou nesta segunda. Ela é recomendada para pessoas com 60 anos ou mais.

Na Europa nos EUA

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Pré-natal adequado no SUS tem metas descumpridas em 65% dos municípios

Mulheres sentadas em cadeiras lado a lado em um corredor. Seus rostos não aparecem, apenas do queixo para baixo.

Folha de S.Paulo

Quase dois terços dos municípios brasileiros (65%) não cumpriram a meta de pré-natal adequado no SUS, que, entre outras coisas, prevê que ao menos 60% das gestantes façam seis consultas, sendo a primeira até a 20ª semana de gravidez.

Mais da metade das cidades (52%) também não atingiu a meta de testar suas gestantes para HIV e sífilis, e 63% não oferecerem atendimento odontológico para 6 em cada 10 grávidas. Além disso, 93% não ofertaram teste citopatológico (Papanicolaou) para 40% das mulheres com idade de 25 a 64 anos, outra meta não alcançada.

Os dados foram extraídos do Sisab (Sistema de Informações em Saúde para a Atenção Básica) e se referem ao último quadrimestre de 2021 (setembro a dezembro). Ao todo são mais de 3.600 municípios que descumpriram as metas estabelecidas pelo programa Previne Brasil, do Ministério da Saúde.

O alerta vem no momento em que o Brasil registra um recorde de mortes maternas, tornando praticamente impossível atingir a meta global da Organização das Nações Unidas (ONU) de reduzir a taxa de mortalidade para 30 casos por 100 mil nascidos vivos até 2030.

Dados ainda preliminares mostram que em 2021 a taxa de mortalidade atingiu 123,4 por 100 mil nascidos vivos no Brasil, índice comparado a países africanos e quatro vezes acima da meta global. Estima-se que 40% das mortes de gestantes e puérperas em 2021 estejam relacionadas à pandemia de Covid.

Antes da crise sanitária, o Brasil já estava com uma taxa ruim, de 55 mortes por 100 mil nascimentos

Segundo análise da Impulso Gov, organização sem fins lucrativos que atua fomentando uso de dados e tecnologia na gestão pública, se as falhas persistirem, além do prejuízo na vida de pacientes, haverá um impacto no orçamento dos municípios.

O Previne Brasil foi instituído em 2019, mas o seu início foi adiado devido à pandemia. A partir de janeiro deste ano, o Ministério da Saúde ou a calcular uma parte dos rees federais aos municípios de acordo com o desempenho em sete indicadores, começando no primeiro quadrimestre pelos referentes ao pré-natal e exames de HIV e sífilis em gestantes.

Segundo a Impulso, se as regras estivessem valendo em dezembro de 2021, 36% dos municípios não teriam cumprido nenhuma meta. O volume de recursos recebidos teria caído 44% (de R$ 638,9 milhões para R$ 282,1 milhões).

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Campanha de vacinação contra a gripe começa no dia 4 de abril

Enfermeira prepara vacina de gripe durante a campanha de 2021contra a gripe

A campanha de vacinação contra a gripe terá início no Brasil no dia 4 de abril. Segundo o Ministério da Saúde, serão distribuídas 80 milhões de doses da vacina influenza para todo o país.

A campanha acontecerá em duas etapas. A primeira, que ocorre de 4 de abril a 2 de maio, irá contemplar idosos com 60 anos ou mais e trabalhadores de saúde. Outros grupos receberão a vacina na segunda etapa, que ocorrerá de 3 de maio a 3 de junho.

O dia D de mobilização nacional está previsto para o dia 30 de abril. A previsão é que a campanha termine no dia 3 de junho.

Segundo a pasta, a vacinação contra a influenza pretende prevenir o surgimento de complicações decorrentes da doença e óbitos, além de minimizar a carga da doença, reduzindo os sintomas nos grupos prioritários, que podem ser confundidos com os da Covid-19. Também tem o objetivo de reduzir a sobrecarga sobre os serviços de saúde.

A vacina Influenza trivalente utilizada pelo SUS é produzida pelo Instituto Butantan. Ela é composta pelos vírus H1N1, a cepa B e o H3N2, do subtipo Darwin. Esse subtipo foi o responsável pela epidemia de gripe fora de época que atingiu São Paulo, Rio de Janeiro e outros estados no fim de 2021 e início de 2022.

O Instituto Butantan disse, em nota, que já entregou 2 milhões de doses para o Ministério da Saúde em fevereiro deste ano. A previsão é que entregue 40 milhões no fim de março e os outros 40 até final de abril.

As vacinas contra a Covid-19 poderão ser istradas de maneira simultânea ou com qualquer intervalo com as demais vacinas do Calendário Nacional de Vacinação, na população a partir de 12 anos.

No entanto, as crianças de 5 a 11 anos deverão aguardar um período de 15 dias entre a vacina Covid e influenza. A prioridade é que esse público receba primeiro a vacina contra o novo coronavírus.

A meta é vacinar 90% da população de cada grupo. No total, pasta prevê que cerca de 76,5 milhões de pessoas façam parte dos grupos considerados prioritários.

Etapas da campanha

1ª etapa: 36, 09 milhões de pessoas contempladas

Data: 04/04 a 02/05

Público:

Idosos com 60 anos ou mais

Trabalhadores da saúde

2ª Etapa: 40,42 milhões de pessoas contempladas

Data: 03/05 a 03/06

Público:

  • Crianças (6 meses a de 5 anos)
  • Gestantes
  • Puérperas
  • Povos indígenas
  • Professores
  • Pessoas com comorbidades
  • Pessoas com deficiência permanente
  • Caminhoneiros
  • Trabalhadores de transporte coletivo rodoviário
  • Trabalhadores portuários
  • Forças de segurança e salvamento
  • Forças Armadas
  • Funcionários do Sistema de Privação de Liberdade
  • População privada de liberdade e adolescentes e jovens em medidas socioeducativas

Alta da Covid em países da Europa e da Ásia vira alerta de que a pandemia não acabou

Pessoas sem máscaras de proteção contra a Covid-19 caminham pela Oxford Street, em Londres, em plena pandemia da Covid-19 no Reino Unido, em 20 de outubro de 2021 — Foto: Toby Melville/Reuters

G1

Depois de um período de intensas flexibilizações nas medidas sanitárias de prevenção ao novo coronavírus, diversos países europeus e asiáticos estão registrando um aumento considerável de casos da doença, o que desperta novamente a preocupação sobre o ressurgimento de uma nova onda da Covid.

Especialistas apontam que a questão tem a ver com uma congruência de fatores, como a estagnação da cobertura vacinal, flexibilizações sanitárias e mudança comportamental da população.

Abaixo, entenda em 4 tópicos, as seguintes questões sobre o momento:

1 – Quais países estão registrando aumento de casos e hospitalizações?

Reino Unido, Áustria, Holanda, Grécia, Alemanha, Suíça e Itália são alguns dos países europeus que registraram um aumento na última semana, de acordo com dados da Universidade Johns Hopkins, que faz o rastreamento da pandemia do coronavírus.

Somente na Alemanha, o número de casos diários ou de 67 mil no dia 6 de março para 237 mil na última sexta-feira (11).

“A Alemanha agora tem a maior incidência de coronavírus na Europa. Uma tendência de alta, várias mortes. As pessoas não vacinadas devem ser vacinadas com urgência”, disse o ministro da Saúde do país, Karl Lauterbach.

Irlanda, Reino Unido, Holanda, Suíça e Itália também mostraram um aumento das internações hospitalares na última semana, segundo informações da plataforma ‘Our World in Data’, ligada à Universidade de Oxford.

Na Ásia, Hong Kong registrou uma média de mais de 21 mil novos casos por dia, um aumento de 28% em relação às últimas duas semanas. Já na China, que tem um registro histórico de casos muito menor que a maioria dos países, o índice de infecções vem aumentando rapidamente: 328 mil casos foram registrados entre 28 de fevereiro e 6 de março, um recorde para o país. Por causa do surto, o governo chinês colocou em confinamento quase 30 milhões de pessoas.

2 – Quais as principais explicações para a alta dos indicadores?

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Pernambuco anuncia novas flexibilizações nesta terça-feira

Aluisio Moreira/SEI

O Governo de Pernambuco confirmou para esta terça-feira (15), às 11h, uma coletiva de imprensa para anunciar novas flexibilizações no Plano de Convivência com a Covid-19. A expectativa é de que o Estado amplie a quantidade de pessoas permitidas em eventos culturais. A liberação do uso de máscaras, entretanto, não deverá estar no pacote.

A coletiva contará com as presenças dos secretários André Longo (Saúde) e Sidia Haint (executiva de Desenvolvimento Econômico), e será realizada de modo presencial, sem transmissão pela internet.

O último decreto estadual tem abrangência entre os dias 2 e 15 de março. O documento aumentou a capacidade máxima em eventos no Estado de 500 pessoas para três mil pessoas em locais abertos – ou 70% da capacidade -, e de 300 para 1,5 mil pessoas ou 70% da capacidade em locais fechados.

Também seguiu com a obrigatoriedade da apresentação do aporte vacinal e de teste negativo nos eventos a partir de 500 pessoas. No caso de eventos corporativos e presença de torcidas nos estádios, o limite é de até três mil pessoas ou 70% da capacidade.

As competições esportivas em geral podem ocorrer com público de 1,5 mil pessoas em ambientes fechados e três mil em locais abertos, ou 70% da capacidade, o que for menor. As exigências de comprovação de vacina e teste negativo são as mesmas dos eventos sociais.

Nos serviços de alimentação, a capacidade máxima é de 80% e é obrigatória a apresentação do comprovante de vacinação. Os cinemas, teatros, circos e museus podem receber até 1,5 mil pessoas ou 70% da capacidade. Nesse caso, além do aporte vacinal, a partir de 500 pessoas os ingressos devem ser destinados apenas a quem apresentar teste negativo.

Liberação das máscaras

Pernambuco, pelo menos por enquanto, caminha no sentido oposto à decisão de cidades como Rio de Janeiro e dos estados de São Paulo e Rio Grande do Norte, que deixaram de exigir o uso de máscaras, inclusive em ambientes fechados – como é o caso do Rio.

O secretário André Longo garantiu que as máscaras continuarão sendo exigidas até mesmo em ambientes abertos. Apesar da melhora de todos os indicadores da pandemia de Covid-19 em Pernambuco – com queda no número de casos graves, internações e óbitos -, na visão das autoridades locais, o momento ainda é para se continuar com o incentivo do uso da máscara por todos.

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“Nossa posição permanece: máscaras estão mantidas em Pernambuco”, diz secretário de Saúde após flexibilização de estados e cidades

HÉLIA SCHEPPA/SEI

O Estado de Pernambuco, pelo menos por enquanto, caminha em sentido oposto à decisão da cidade do Rio de Janeiro e do estado do Rio Grande do Norte, que deixam de exigir o uso de máscaras. No caso da capital fluminense, a utilização do ório já era facultativo em espaços abertos desde outubro. Agora, não há mais obrigatoriedade nos locais fechados. E o Rio Grande do Norte anunciou, nesta terça-feira (08), a liberação da máscaras em locais abertos a partir do próximo dia 16. Para São Paulo, a expectativa é que, nesta quarta-feira (09), o governador João Doria anuncie oficialmente a desobrigação do uso de máscaras ao ar livre e ambientes abertos.

Com a melhora de todos os indicadores da pandemia de Covid-19 em Pernambuco, como queda no número de casos graves, internações e óbitos, a possibilidade de liberação do uso de máscaras tem sido debatida por setores da sociedade. Mas, na visão das autoridades locais, o momento ainda é para se continuar com o incentivo do uso da máscara por todos. É o que garante, à coluna, o secretário Estadual de Saúde, André Longo: “Nossa posição continua a mesma! As máscaras estão mantidas em Pernambuco”, assegurou.

A atitude do governo de Pernambuco está em sintonia com a Associação Brasileira de Saúde Coletiva (Abrasco), que considera precoce e intempestiva a medida anunciada pela Prefeitura do Rio de Janeiro de suspender a obrigatoriedade do uso de máscaras em espaços fechados. “O Brasil e o mundo ainda se encontram em uma situação de pandemia, com imensas desigualdades no o a vacinas dentro e fora do País. Além disso, ainda não temos a real magnitude do incremento de casos provocados pelas aglomerações do feriado de Carnaval, o que exige prudência e precaução até que possamos ter uma avaliação mais sólida da situação da pandemia no município do Rio de Janeiro, bem como na região metropolitana”, esclarece, em nota divulgada, a Abrasco.

Estamos num momento em que ainda há os bolsões de não vacinados contra Covid-19, assim como os que ainda estão para receber a segunda dose e também aqueles que resistem a tomar a dose de reforço. Sem essa equalização na cobertura vacinal, contemplando também a população pediátrica (entre crianças, a imunização permanece lenta), novas variantes poderão surgir. E não sabemos com que potencial de disseminação e preocupação elas podem despontar. Ou seja, permanece uma série de incertezas em relação a médio e longo prazo, o que inclui também a duração da imunidade protetiva contra o coronavírus – aquela alcançada graças à imunização.

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Pernambuco tem apenas 37,6% da população com dose de reforço contra Covid-19

GEOVANA ALBUQUERQUE/AGÊNCIA SAÚDE DF

Pernambuco chegou a 2.484.535 milhões de pessoas com dose de reforço (ou terceira dose) contra a Covid-19 neste domingo (06), o que representa apenas 37,6% da população. Essa aplicação se faz cada vez mais necessária, já que há uma redução de anticorpos com o ar do tempo. Além disso, mesmo com indicadores em queda, o coronavírus continua circulando, o que exige cuidados preventivos e vacinação em dia.

Os dados diários sobre imunização são apresentados diariamente no boletim da Secretaria Estadual de Saúde (SES) e disponibilizados no de Acompanhamento Vacinal de Pernambuco.

Segundo os números, Pernambuco já aplicou 17.212.729 doses de vacinas contra a Covid-19 na população, desde o início da campanha de imunização no Estado (no dia 18 de janeiro de 2021).

Com relação às primeiras doses, foram 7.954.108 aplicações (cobertura de 89,63%). Do total, 6.774.086 pernambucanos (76,33%) completaram seus esquemas vacinais, sendo 6.600.960 pessoas que foram vacinadas com imunizantes aplicados em duas doses e outros 173.126 pernambucanos que foram contemplados com vacina aplicada em dose única.

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Vacinas contra Covid completam um ano com bilhões de doses aplicadas e raros efeitos graves

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BBC News

O final de fevereiro marcou o aniversário do primeiro fornecimento de vacinas contra a Covid-19 sob o esquema Covax e mais de 14 meses desde a istração da primeira dose. Os cientistas explicam que este prazo é suficiente para o surgimento de todos os efeitos colaterais, até os mais raros.

O que acontece no seu corpo?

Muito embora as vacinas contra a Covid-19 sejam relativamente novas, os processos que elas ocasionam no seu corpo não são. Compreender como elas estimulam o sistema imunológico pode nos ajudar a compreender a rapidez com que podemos esperar eventuais reações negativas.

Após 15 minutos

Uma parcela muito pequena das pessoas sofrerá reação alérgica aos ingredientes inertes da vacina, o que ocorrerá em até cerca de 15 minutos após a inoculação.

Após algumas horas

Pouco depois de receber a vacina, o sistema imunológico entra em ação. O seu corpo reconhece um invasor externo e o ataca com as células imunológicas – as armas que ele usaria contra qualquer vírus ou bactéria.

Sabemos que qualquer reação associada a essa fase – conhecida como fase inata – ocorrerá em questão de horas ou até dois dias, incluindo os efeitos colaterais mais comuns, como braço dolorido, febre e outros sintomas leves similares à gripe.

Um efeito colateral muito mais raro que foi relacionado às vacinas de mRNA da Pfizer e da Moderna – miocardite ou inflamação do coração – também ocorre nesta fase. E, embora a causa exata da miocardite não seja conhecida, sabemos que a inflamação é uma das reações do corpo a infecções ou ferimentos.

Como essa reação é muito rara e é relativamente incomum que pessoas mais jovens sejam internadas em hospitais com o vírus, ainda existem trabalhos em andamento para compreender totalmente o risco em alguns grupos. Mas os cardiologistas ressaltam que a miocardite é apenas um fator que precisa ser compreendido, além dos muitos outros riscos do vírus sobre o sistema imunológico, os pulmões, o coração e o cérebro, contra os quais a vacina oferece proteção.

A miocardite induzida pelas vacinas geralmente é suave e melhora sozinha ou com drogas anti-inflamatórias comuns, como ibuprofeno.

Após 10 dias

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Pandemia perde força no Brasil e no mundo

Diário do Poder

A população brasileira vai perceber os efeitos práticos da queda acentuada, em fevereiro, de casos e mortes relacionados à Covid. No Brasil, despencaram de 189,5 mil para 77,4 mil casos e de 951 para 678 óbitos, em média. Como em várias localidades mundo afora, logo o Brasil adotará medidas de relaxamento. Como no estado da Virgínia ou na Casa Branca, de Joe Biden, uso obrigatório de máscaras será ado.

Na Europa, a Dinamarca, a Noruega e o Reino Unido acabaram há dez dias com todas as restrições relacionadas à Covid.

Em relação ao pico da ômicron, o número de casos ativos caiu 59,2%, como demonstram os números da Rede Nacional de Dados da Saúde.

Segundo especialistas, mortes refletem o que acontece nos casos com atraso de duas a três semanas. A média já caiu 28,7% desde o pico.

No Brasil, São Paulo e Distrito Federal, entre outros, reforçaram medidas restritivas para combater a ômicron no início do ano.

Primeiros autotestes de Covid no Brasil chegam às farmácias nesta semana

Grandes redes de drogarias do país começam nesta semana a vender os dois primeiros autotestes para Covid liberados pela Anvisa.

A rede Raia Drogasil afirma que todas as suas lojas terão o Novel Coronavírus (Covid-19) Autoteste Antígeno ​disponível até esta sexta-feira (04).

O Grupo DPSP, dono das Drogarias Pacheco e Drogaria São Paulo, diz que providenciou meio milhão de itens junto à Eco Diagnóstica e Novel dos produtos aprovados pela Anvisa.

Segundo a rede, os autotestes estarão disponíveis inicialmente em lojas das capitais Rio de Janeiro e São Paulo, e, depois, todos os demais municípios e estados onde as bandeiras estão presentes.

O teste é capaz de detectar, em 15 minutos, a presença do vírus no organismo com mais de 99% de assertividade no resultado. Nas drogarias Pacheco e São Paulo o valor será de R$ 69,90.

O Novel Coronavírus (Covid-19) Autoteste Antígeno, da empresa MH Comércio e Indústria de Produtos Médicos Hospitalares e Odontológicos foi liberado pela agência reguladora no dia 17 de fevereiro.

Já Autoteste Covid Ag Oral Detect registrado em nome da empresa Eco Diagnóstica foi o primeiro produto registrado no Brasil que utiliza amostra de saliva.

O órgão regulador autorizou a venda de autotestes no Brasil em 28 de janeiro. Cada empresa precisa solicitar o registro para comercializar o produto.

Municípios receberão R$160 milhões para ações voltadas ao atendimento de pessoas com sintomas pós-Covid-19. Afogados da Ingazeira receberá mais de R$43 mil

Hospital. Foto: Rovena Rosa/Agência Brasil

Para intensificar o combate contra a Covid-19 no Brasil, o Ministério da Saúde vai enviar R$ 160 milhões para apoiar ações voltadas ao atendimento de pessoas que sofrem com sintomas pós-Covid-19 na Atenção Primária (APS).

A gestão municipal deve utilizar os recursos oriundos desse ree na qualificação, reorganização e adequação dos serviços. Vale destacar que é preciso observar as necessidades epidemiológicas de cada localidade.

Os municípios podem aplicar o dinheiro, por exemplo, na contratação de profissionais qualificados, reforma de ambientes, aquisição de materiais de consumo necessários, como colchonete e bola suíça; e implementação de ações de educação em saúde para orientar a população.

Ao todo, foram identificados, por prioridade, 1.373 municípios com perfil alto. Essas cidades devem receber R$ 43.632 cada. Outros 2.679 municípios foram considerados com perfil médio e vão receber R$ 29.088. Já 1.518 foram taxados com perfil baixo e vão contar com R$ 14.544.

Clique aqui para verificar o valor que cada município receberá 

A transferência será feita em parcela única. O monitoramento será realizado pelo Sistema de Informação em Saúde para a Atenção Básica (Sisab). Mais detalhes sobre os cálculos estão disponíveis aqui. 

O índice criado para estabelecer os perfis municipais levou em conta as seguintes variáveis: quantitativo de equipes custeadas pelo Ministério da Saúde, Índice de Vulnerabilidade Social porte populacional e coeficiente de mortalidade por Covid-19 por cem mil habitantes.

Brasil alcança marca de 460 milhões de vacinas distribuídas e já tem doses para vacinar todas as crianças de 5 a 11 anos

Foto: Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil

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A maior campanha de vacinação da história do Brasil atingiu mais uma marca histórica neste domingo de carnaval: 460 milhões de doses de vacinas contra a Covid-19 já foram distribuídas para todos os estados e o Distrito Federal. Isso garantiu a vacinação de mais de 90% da população acima de 12 anos com a primeira dose, graças a um processo logístico complexo, coordenado pelo Ministério da Saúde. E as crianças de 5 a 11 anos serão as próximas a encorpar as estatísticas, já que mais um lote de 2,5 milhões de vacinas pediátricas desembarcou no país, na última sexta-feira (25), número suficiente para a cobertura completa deste público.

Com a distribuição das vacinas realizada até aqui, mais de 83% da população adulta já está com o esquema vacinal completo ou dose única. Além disso, mais de 53 milhões de brasileiros já tomaram a dose de reforço, aplicada quatro meses após a segunda dose.

Vacina brasileira

Outra notícia importante nesta semana foi o recebimento do primeiro lote da vacina Covid-19 produzida 100% em solo brasileiro, o que marca a autossuficiência do Brasil na produção de imunizantes. São mais de 550 mil doses nesta primeira remessa, entregues pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz). As doses começam a ser distribuídas a todo o território nacional nos próximos dias.

Vacinação infantil

Na última sexta-feira (25), o Brasil também recebeu mais 2,5 milhões de vacinas pediátricas, voltadas para a imunização de crianças de 5 a 11 anos. Segundo o Ministério da Saúde, já foram distribuídas mais de 20 milhões de doses para crianças e o país tem o suficiente para imunizar todo o público-alvo infantil contra a Covid-19.

Ainda segundo a Pasta, os imunizantes da Pfizer que desembarcaram no Aeroporto Internacional de Viracopos, em Campinas (SP), e serão distribuídos para todos os estados e o Distrito Federal nos próximos dias, aram por um rígido controle de qualidade.

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“Dia C”: Municípios pernambucanos estão com estoques abastecidos para vacinar crianças contra Covid-19 neste sábado

DANIEL TAVARES/PCR

Por Cinthya Leite/JC

Este sábado (26), em todo o Estado de Pernambuco, será marcado por uma mobilização para convocar os pais das crianças entre 5 e 11 anos, que ainda não tomaram a primeira dose da vacina contra Covid-19, a levarem os pequenos para se imunizar. Apenas 33% dos 1.182.44 meninos e meninas desse grupo etário iniciaram o esquema vacinal contra a doença no Estado. “Precisamos fazer deste final de semana um momento de celebração e incentivo à vacinação, especialmente das crianças de 5 a 11 anos. Vaciná-las é uma condição primordial para diminuir a circulação viral e também para protegê-las. Elas são o nosso futuro”, diz o secretário Estadual de Saúde, André Longo.

Ele assegura que todas as cidades pernambucanas estão com os estoques abastecidos e mobilizadas para este “Dia C” de vacinação. “Então, se você é pai ou responsável por uma criança, não acredite em mentiras. Vacinas são seguras e podem salvar seu filho”, ressalta o secretário.

A superintendente de Imunizações de Pernambuco, Ana Catarina de Melo, reforça a importância dos municípios ampliarem o o da população à imunização, assim como organizarem seus estoques para garantir a conclusão dos esquemas vacinais dos pequenos. “Ao longo da semana, muitas ações foram realizadas nas escolas, ambiente de grande circulação das crianças. Agora, os gestores municipais devem realizar ações que desburocratizem a vacinação, facilitando o o dos seus munícipes. Também é preciso ficar atento ao período da aplicação das segundas doses naqueles que iniciaram seus esquemas com CoronaVac”, frisa.

Só no Recife estarão abertas mais de 150 salas de vacina, das 8h às 16h, para realizar o “Dia C” de imunização contra a doença, sem necessidade de agendamento. A lista completa com os endereços está no site da prefeitura e pode ser ada neste link: bit.ly/DiaC_Vacinacao.

A Secretaria de Saúde do município reuniu mais de mil profissionais para a ação, que terá capacidade para vacinar até 16 mil crianças nesta faixa etária somente neste dia. Até o momento, na capital pernambucana, foram vacinadas 63.889 crianças de 5 a 11 anos, o que representa 40,04% de cobertura vacinal. A cidade tem 159.558 crianças nessa faixa etária.

A estratégia é uma forma de ampliar a cobertura vacinal e acelerar o ritmo de vacinação contra a covid-19, que está abaixo do esperado e preocupa especialistas, pois acende o alerta para a vulnerabilidade dos pequenos não vacinados. O “Dia C” é também uma forma de oferecer mais uma oportunidade aos pais ou responsáveis que, por diversos motivos, ainda não puderam levar os filhos aos centros de vacinação exclusivos para o público infantil.

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Pernambuco com menos internações no Estado

Os indicadores da Covid-19, em Pernambuco, continuam em patamares elevados, mas o cenário atual sugere que o Estado ou pelo pico da onda da variante ômicron e chegou ao platô. Dados divulgados, na noite de ontem, pela Secretaria Estadual de Saúde (SES), com base nos registros da Central Estadual de Regulação Hospitalar, mostram que atualmente 68% das 1.073 vagas de terapia intensiva (UTI) estão ocupadas por pacientes com sintomas da infecção pelo coronavírus. O índice corresponde à rede pública de saúde.

No dia 1º de fevereiro, com o auge da disseminação da ômicron em Pernambuco, a taxa de ocupação de UTI chegou a 90%. Naquela data, eram 1.006 leitos públicos desse tipo. Desde a 6ª semana epidemiológica de 2022, que compreende o período entre os dias 6 e 12 de fevereiro, o governo do Estado avalia que vivencia uma desaceleração da variante ômicron, com queda no registro de casos. No entanto, o secretário André Longo tem reforçado que os indicadores continuam em patamares elevados. Foram 829 casos de síndrome respiratória aguda grave (srag) nessa última semana, o que significa 60 casos a menos em relação à semana anterior. Já a positividade para a covid-19, entre esses casos graves, está em 44%. Nos primeiros dias de fevereiro, estava em 54%.

Em relação à solicitação por leitos, a Central Estadual de Regulação Hospitalar registrou, de 6 a 12 de fevereiro, 629 solicitações por leitos de UTI – 39 a menos do que na semana anterior, o que representa uma redução de 6%. “Estes dados apontam que amos pelo pico desta onda da ômicron e chegamos ao platô, mas com indicadores ainda em patamares elevados. Para se ter uma ideia, neste momento, ainda temos mais de 800 pessoas internadas nos leitos de UTI da rede pública de saúde. Além disso, as mortes pela doença, que costumam atingir o teto duas semanas após o pico de contaminação, seguem crescendo”, destaca Longo.

O secretário também alerta para a chegada do período de sazonalidade das doenças respiratórias, o que deve impactar no cenário epidemiológico. “Temos uma preocupação adicional com o início do nosso período de sazonalidade das doenças respiratórias, no começo de março, e a possível introdução e circulação da nova subvariante da Ômicron, a BA2, que traz ainda mais incertezas”, acrescenta. Ele ainda pede que a população não baixe a guarda. “É preciso muita cautela por parte de todos. A população deve fazer sua parte, cumprindo os atuais protocolos, evitando aglomerações, e se vacinando contra a covid-19.”

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