Integrantes do governo Lula apostam na aprovação de um pacotão de projetos econômicos no Congresso Nacional durante o segundo semestre como caminho para tentar reverter a trajetória de queda na popularidade do petista.
A ideia do Palácio do Planalto é conseguir melhorar a imagem de Lula com projetos que interfiram diferentemente no bolso dos brasileiros. Um deles é o que aumenta a faixa de isenção do Imposto de Renda para quem ganha até R$ 5 mil por mês.
A proposta, inclusive, foi um dos temas da reunião que Lula teve na última terça-feira (03), em Brasília, com ministros e os presidentes da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), e do Senado Federal, Davi Alcolumbre (União-AP).
Lula também conversou sobre o tema com ministros durante voo para Paris. Segundo relatos feitos à coluna, o petista se disse “otimista” em relação à aprovação do projeto e avaliou que esse pode ser um grande marco de seu terceiro mandato.
Outro ponto que animou integrantes do governo — e o próprio presidente da República — é o programa Vale-Gás, apontado como destaque positivo do governo Lula na última pesquisa Quaest divulgada na quarta-feira (04) e na quinta-feira (05).
Outra proposta que pode ajudar a melhorar a imagem de Lula, na avaliação do governo, seria a medida provisória (MP) que isenta 60 milhões de pessoas do pagamento da conta de luz, aposta do ministro Alexandre Silveira (Minas e Energia).
Silveira fez um apelo a Motta e Alcolumbre, durante a reunião da terça-feira, para que a MP da Conta de Luz seja votada o mais rápido possível na Câmara e no Senado, para que se transforme em lei definitiva.
A terceira rodada da pesquisa Genial/Quaest apontou que 57% dos entrevistados desaprovam o governo Lula, enquanto 40% aprovam. Tratam-se dos piores resultados do terceiro mandato do petista.
Nos bastidores, interlocutores de Lula dizem que o levantamento não teria causado surpresa. Assessores presidenciais afirmam que o governo já esperava os resultados após a crise dos descontos ilegais nas aposentadorias do INSS.