O Sindicato dos Servidores da Gestão Previdenciária de Pernambuco (Sisgeppe) pediu atenção do Governo do Estado à defasagem no Plano de Cargos, Carreira e Vencimentos (PCCV) da Fundação de Aposentadorias e Pensões dos Servidores do Estado de Pernambuco (Funape). Representantes do sindicato estiveram na Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe), onde se reuniram com parlamentares para tratar da situação da categoria.
Segundo o Sisgeppe, a remuneração atual dos profissionais está defasada, o que tem provocado evasão de servidores efetivos para outros órgãos públicos, inclusive para cargos de nível médio considerados mais atrativos.
Dados do sindicato mostram que, no último concurso da Funape, realizado em 2017, 60% dos aprovados não assumiram os cargos oferecidos. Além disso, 50% dos profissionais nomeados posteriormente pediram exoneração.
O presidente do Sisgeppe, Manoel Bastos, afirmou que há um Projeto de Lei Complementar pronto na Casa Civil desde dezembro de 2024, que trata da criação de novos cargos, da taxa de istração e da reestruturação da Funape.
“Existe um Projeto de Lei Complementar, que trata sobre novos cargos da Funape, da taxa de istração e reestruturação da fundação pronto na Casa civil, aguardando desde dezembro o envio para a Assembleia Legislativa de Pernambuco, mas não sabemos o motivo pelo qual até o momento não foi enviado”, declarou Bastos.
O Sisgeppe defende a realização de um novo concurso público com a revalorização da carreira, como forma de recompor o quadro de servidores e conter a evasão. Segundo o sindicato, a própria Funape encaminhou solicitação formal à Secretaria de istração do Estado em janeiro deste ano, mas o processo não avançou até o momento.
Atualmente, a Funape conta com apenas 98 servidores efetivos, incluindo analistas jurídicos, analistas de gestão previdenciária e integrantes do quadro suplementar. Esse grupo é responsável pela istração de uma folha de pagamento de R$ 500 milhões por mês, destinada a mais de 100 mil beneficiários.
“Uma situação preocupante para quem trabalha com dados de tamanha importância, sobre pensões e aposentadorias. É necessário um maior investimento para a valorização do quadro atual, mas também para que seja uma carreira mais atrativa”, afirmou Bastos.